O presidente da Associação Empresarial de Concórdia, Edson Argenton, o diretor administrativo e financeiro, Volnei Magedans, o conselheiro Harry Perosin, o vice-presidente da Facisc, para relações internacionais,Milvo Zancanaro e o vice-presidente da Fiesc, para o Meio-Oeste, Alvaro Luiz de Mendonça participaram na sexta-feira, em Florianópolis, da posse do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, que assumirá o cargo por mais três anos.
Após relatar as conquistas da primeira gestão, ele declarou: "Devemos, podemos, queremos e vamos fazer mais e melhor, através da inovação, da melhoria contínua, do planejamento e da execução de ações integradas de todas as nossas entidades. Vamos tornar a FIESC o principal agente articulador da inovação no Estado".
Como exemplos, o presidente da FIESC citou os Institutos SENAI de Inovação, em fase de implantação, e o Instituto SESI de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho, que contará com parceria da universidade americana de Stanford.
A educação, principal bandeira das entidades da FIESC nos últimos três anos, foi abordada por Côrte também sobre o prisma da tributação. Uma caneta, por exemplo, é onerada em mais de 47%, a régua em 45%, a borracha em 43%, mochilas e lancheiras em quase 40% e lápis em 35%. "É surpreendente, para não dizer chocante, o fato de que os governos continuem tributando ferozmente o material escolar", afirmou.
Em seu pronunciamento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que analisando discursos desde a década de 1990 a impressão é que as coisas não mudaram e destacou a falta de reformas, como a trabalhista, além das deficiências na infraestrutura. "A gente fica com a sensação que o nosso discurso parece velho. Mas a forma como os empresários têm trabalhado com união e força, tem feito com que haja grandes mudanças. Olhamos para trás e vemos que avançamos muito", afirmou.
Côrte citou estudo do The Boston Consulting Group mostrando que o custo da produção no Brasil é 23% maior que nos Estados Unidos, enquanto em 2004 era 3% inferior. E citou como exemplo o salto na conta de energia de 23% em Santa Catarina. "A indústria catarinense não concorda com esse aumento excessivo, que onerará, se mantido, ainda mais, o custo de produção industrial", afirmou.
A situação do seguro-desemprego também foi abordada e tratada como desconcertante. "Nas portas das empresas de todas as regiões do Estado há cartazes indicando a existência de vagas. No entanto, em 2013, quando se informava que o País vivia o pleno emprego, o valor pago em SC a título desse seguro ultrapassou a R$ 1 bilhão e duzentos milhões de reais, contemplando mais de 300 mil beneficiários", disse Côrte, acrescentando que no Brasil, no mesmo ano, foram beneficiados mais de 8 milhões de pessoas, com desembolso de R$ 28,5 bilhões. "A FIESC não é contra o amparo ao trabalhador desempregado, mas é totalmente contra o incentivo dado pelo governo, com o dinheiro do contribuinte, para manter o trabalhador fora do emprego, quando há milhões de vagas abertas no País", disse.
Foto: ASCOM Fiesc
Fonte: PG Comunicação
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