A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) recebeu o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, na sua reunião diretoria realizada nesta quinta-feira, 18/2, de forma virtual e com a participação de mais de 180 pessoas de todas as regiões do estado. O secretário destacou que Santa Catarina gerou 2/3 dos empregos do Brasil em 2020. “A recuperação econômica de SC na pandemia foi melhor que em outros estados. Santa Catarina recebeu menos ajuda que muitos outros estados e mesmo assim está entre os melhores estados do Brasil”. Também falou sobre a dívida do Estado. “O Estado tem muitas dívidas, cerca de 22 bilhões de reais e este ano prevê o pagamento de 2 bilhões”. Também explicou que há três anos tem saldo positivo de empregos. O presidente da Associação Empresarial de Concórdia (ACIC), Sergio Domingos Radin, participou do encontro online.
Outro ponto destacado pelo secretário foi o importante movimento de migração de outros estados para SC. “O Estado sabe o quanto é primordial para a economia este movimento. São 110 mil pessoas se mudando a cada ano”, explicou. Ainda alertou que o Sistema de saúde precisa ser ajustado para receber, mas que é importante para o desenvolvimento catarinense. Ele pediu o engajamento dos empresários para que o salário dos trabalhadores seja melhorado para que tenhamos mais pessoas ganhando melhor e sendo mais produtivas.
O secretário ainda falou sobre a importância do planejamento estratégico a longo prazo, o plano tático realizado diariamente e o operacional a toda hora. “O resultado deste planejamento é que hoje temos saldo de um mês para pagamento da folha. A arrecadação em maio de 2020 caiu 25% e agora temos uma economia em ascensão”. Ele também ressaltou que espera que a pandemia passe logo para a economia voltará a todo vapor”. A arrecadação cresceu 2% no ano passado.
Prorrogação e extinção do bloco X
A Facisc e associações empresariais filiadas indagaram o secretário sobre diversos temas, entre eles, a reforma da Previdência do estado, se irão tentar uma reforma mais profunda para diminuir o déficit atual, o valor da arrecadação em 2020 do Estado, agilidade na implantação da NFC-e.
Também foi pedido apoio e mais informações dos técnicos da Sefaz para as empresas. Quanto à nota fiscal eletrônica Nota eletrônica ao consumidor final, a Fazenda é contra. Outro tema debatido foi a extinção do Bloco X ou prorrogação por ao menos cinco anos para sua implantação. “A maioria das empresas de Santa Catarina terão esse custo a mais para implantar o Bloco X, tornando inviável seu funcionamento”, explicou Sérgio. O secretário Paulo Eli, disse que existe muita reclamação em relação ao controle de estoque. Ele afirmou que o controle de estoque vai ter um controle muito forte por parte da fiscalização. “Hoje cerca de 1/4 da mercadoria circulando no estado é sem nota, ou seja, 25%”.
Outros temas tratados na reunião
O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, falou sobre as ações que vem sendo realizadas desde o início da atual gestão. Agradeceu a todos os diretores que representam a Facisc em muitos eventos e visitas. “A presença de cada diretor mostra o quanto a Facisc é representativa”. Sérgio tem feito uma intensa agenda pelo Estado com visita a prefeitos e associações empresariais. O superintendente administrativo da Facisc, Rodrigo Busana, apresentou os resultados financeiros da entidade e sobre as soluções empresariais.
Útil Saúde
O diretor de soluções empresariais, Ciro Cerutti, apresentou uma nova solução que a Facisc está em processo de criação, o Útil Saúde. É uma proposta que está em fase de implantação. “Vamos ao encontro de uma necessidade de mercado que identificamos e buscamos deixar bem contemplado dentro das necessidades de cada associação. É um tema muito importante ainda mais nestes tempos onde vimos o quão importante é esta área”, complementou o presidente Sérgio.
Cases
No encontro foram apresentados cases de associações de cinco regiões da Federação. Representando a Acirs, de Rio do Sul, Jean Sandro Pedroso, apresentou o case de inovação com diversas ações , como por exemplo a luta pela duplicação da BR 470, a construção do Centro de Inovação, com a ampliação do ecossistema de inovação, o núcleo de inovação como referência no estado, o prêmio de inovação, o evento Summit, a Fersul, os posicionamentos e notas oficiais sobre assuntos de interesse do hub empresarial, os investimentos no Observatório Social, o Codensul, Serviços gratuitos para associados, e outros programas.
Presidente da Aciac de Corupá, Débora Tomelin, apresentou o case sobre o plano de marketing e o aumento do número de associados com a implantação de campanhas e contratação de comercial. “Tivemos um aumento percentual de 17% em plena pandemia. O mais importante é que fizemos isso com parcerias.”, relatou.
Délcio Serighelli, presidente da ACISV Salto Veloso, trouxe o case Cliente premiado que contribuiu para o aumento das vendas do comércio local, a valorização dos clientes, e o fomento ao desenvolvimento econômico do município. “Em momento de pandemia foi necessário se reinventar para fortalecer a união das empresas e este projeto permitiu isto”, destacou.
Em nome da Associação Empresarial de Pinhalzinho, Sérgio Matte, apresentou o projeto Desperta Profissões, que teve como desafio revolucionar a indústria por meio da qualificação profissional. Para realizar o projeto foram em busca de parcerias com os próprios associados para promover a qualificação. “Oferecemos cursos industriais profissionalizantes e técnicos e com isso conseguimos despertar o interesse em colaboradores e empresas”, relatou.
E em nome da Associação Empresarial de Imbituba (ACIM), o presidente Adilson Jorge Silvestre, apresentou o case sobre a Recuperação de Inadimplentes.
A inadimplência gerou inúmeras consequências legais e financeiras para a ACI que foram solucionadas pela atual gestão com ações, como por exemplo, novas contratações, enxugamento de contas, parcelamento de débitos, regularização de balanços, estruturação de plano comercial e acompanhamento mensal de diretores. “Estas iniciativas levaram a regularização, superavit, dividas quitadas, recuperação de inadimplentes, e previsão de superavit para 2021”, concluiu o presidente.
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