Na tarde desta quinta-feira, dia 09, foi realizada mais uma reunião do Grupo de Trabalho que trata sobre a invasão de aves exóticas, a preocupação com os riscos à saúde humana e os possíveis reflexos para a economia regional. O encontro, que ocorreu na Associação Empresarial de Concórdia, contou com a presença de representantes da BRF, Copérdia, Lactalis, Embrapa Suínos e Aves, Fatma, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros. A presidente da ACIC, Maria Luisa Lasarim, o diretor para assuntos da indústria, Rafael Menute e a gestora executiva da entidade, Maria de Lourdes Dal Piaz, também participaram das discussões. A ideia central é elaborar um plano de manejo que permita o controle da população de pombos, que são considerados vetores de doenças para humanos e podem trazer danos a outras aves.
Conforme dados apresentados pelo diretor para assuntos da indústria da ACIC, Rafael Menute, as aves exóticas, especialmente os pombos domésticos, provocam problemas como: danos a estruturas e superfícies pintadas, metálicas e de alvenaria; danos a equipamentos, alguns sofisticados; obstrução de calhas e dutos de ventilação; contaminação de cereais em silos; barulho que incomoda no forro das casas; sujeira em áreas públicas e privadas; invasão de recintos de outros animais; transmissão de doenças a pessoas e a estoques de aves de granja, zoos e criadouros.
Danos à saúde pública
Segundo o estudo apresentado por Menute, aparentemente inofensivos, os pombos podem se tornar verdadeiras pragas em caso de proliferação excessiva. Doenças como: a criptococose, histoplasmose e ornitose são transmitidas pela inalação da poeira proveniente das fezes secas dessas aves, que estão contaminadas por fungos (histoplasmose e criptococose) ou ricketsia (ornitose). Tais doenças comprometem o aparelho respiratório, podendo afetar o sistema nervoso central, como acontece nos casos decriptococose. A salmonelose é uma doença infecciosa aguda do aparelho digestório, que pode ser transmitida pela ingestão de alimentos contaminados pela bactéria Salmonela, trazidas até esses alimentos pelas fezes desses pombos.
Riscos à economia
A economia local é baseada no agronegócio, vocacionada para a produção de proteína animal (laticínios, aves, e suínos) que são consumidos internamente (Brasil) e exportados para mais de 100 países. Conforme a apresentação, feita pelo diretor para assuntos da indústria da ACIC, Rafael Menute, foi comprovado que o pombo caseiro é transmissor de muitas doenças que podem afetar fortemente a qualidade dos produtos produzidos na região, podendo gerar grandes perdas financeiras e perdas de habilitações para outros países.
Fonte: PG Comunicação
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