Facisc discute medidas de incentivo para recuperação econômica com secretário da Fazenda

Facisc discute medidas de incentivo para recuperação econômica com secretário da Fazenda

ACIC Concórdia


Notícia
Por Paulo Gonçalves
em 15/05/2020

A Federação das Associações Empresariais de SC, Facisc, realizou nesta quinta-feira, 14/5, uma reunião virtual com o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. Participaram também o presidente da Federação, Jonny Zulauf e o diretor da Indústria, André Odebrecht. O superintendente da Facisc, Gilson Zimmermann, conduziu a live.

 

O secretário disse que a conversa com a Facisc é válida no sentido de escutar os anseios do setor produtivo. O Estado está em quarentena desde o dia 17/3, por decreto. E é o que outros estados vêm fazendo agora. “Foi resultado de planejamento de 20 dias antes, e por isso, Santa Catarina está na frente de outras regiões do país. A suspensão de atividades é o que o mundo inteiro vem fazendo para reduzir a velocidade da contaminação.” Disse que a cada sete dias ou quinze dias gradativamente as atividades começam a retomar as atividades. “A cada dia liberamos sempre com protocolo e fazemos a medição dos efeitos”.

 

A parte do Estado neste momento é na preparação do sistema de saúde e no apoio aos cuidados nos municípios. “O efeito da redução das atividades na economia é a falta de giro de vendas, desemprego e consequentemente, queda na arrecadação”. Ele alertou que a pandemia não está sob controle. “Os resultados até agora são consequência das ações realizadas até hoje”.

 

A Secretaria da Fazenda tem duas diretrizes em relação à economia neste momento. “Primeiro o Estado vê como de suma importância não paralisar as obras públicas. São 600 milhões em obras que precisam ser concluídas. Segundo ponto é a Liberação de crédito. Com essas duas ações, o Estado quer fazer com que SC saia mais rápido deste processo”.

Infraestrutura

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, indagou sobre os investimentos em infraestrutura, pois considera primordiais para o desenvolvimento catarinense. O secretário explicou que SC perdeu em 2017 a capacidade de pagamento dos seus empréstimos. Todas as dívidas estão concentradas nos próximos oito anos. “Isso impacta na infraestrutura, e estamos negociando para o alongamento da dívida e poder investir em novas obras”. As obras que estão em andamento como a conclusão da Ponte Hercílio Luz, da obra da BR-280, entre outras, são consideradas essenciais para o desenvolvimento econômico e continuarão a ser executadas.

 

Arrecadação

A perda da arrecadação bruta do Estado já é de mais de 1 bilhão. “Estamos trabalhando nos gargalos para que quando a economia retome, volte a pleno vapor”.

Segundo Eli, a previsão é de queda de 25 a 30% de arrecadação nos municípios. “A previsão é perder muita receita nos próximos quatro meses”.

 

Emprego e renda

O diretor da Indústria da Federação, André Odebrecht, disse que uma das saídas para o desemprego é o incentivo ao consumo local. “Produtos feitos em Santa Catarina, devem ser consumidos dentro do próprio estado”. Ele sugeriu que o Estado crie uma política de incentivo para incrementar o consumo interno. O secretário disse que, desde o governador Kleinubing, há mais de 30 anos, o Estado vem atuando para auxiliar as empresas catarinenses. “Até fevereiro estávamos pautados desta forma, mas a partir de agora temos que construir uma nova forma política”, destacou Paulo Eli.

 

Feiras e eventos

Sobre as feiras e congressos empresariais, o secretário disse que tudo está interligado com a curva. Que ainda não tem como prever. “Todas as atividades que tem aglomeração de pessoas dependem de estudos”. Estão na lista, além do transporte coletivo, escolas de idiomas e outros setores”.

 

Segurança nos investimentos

A segurança para investir em SC foi um dos questionamentos dos empresários participantes. “Temos uma transformação que agora só vai acelerar o processo. Ou as empresas mudam o foco ou vão fechar”. Segundo Eli, a decisão de investimento se baseia em estudos. Todo o negócio que abre por impulso é muito difícil de se manter. “Nossa renda média das pessoas só perde para Brasília e SP. Todo o mundo está com dificuldade. E este é o compromisso do Estado neste momento”.

 

Trabalho a quatro mãos

Para Paulo Eli, quando a pandemia terminar, SC vai voar. “A única segurança que podemos dar é um ambiente competitivo, favorável aos negócios”, destacou.

 

A live finalizou com pedido do secretário para que a Facisc traga sugestões para a Sef. “Temos um comitê que se reúne todos os dias para discutir investimentos novos. Temos que pensar juntos em saídas para a retomada catarinense neste novo momento”.


Quem perdeu o encontro ainda é possível assistir no Canal Facisc acessando o link youtube.com.br/facisc

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