Facisc avalia medidas econômicas como inibidoras do crescimento

Facisc avalia medidas econômicas como inibidoras do crescimento

ACIC Concórdia


Notícia
Por ACIC Concórdia
em 26/01/2015
A Federação das Associações Empresariais de SC – FACISC avalia que este começo de ano será difícil para o setor empresarial e a economia. A política macroeconômica mais restritiva prevista já vem ocorrendo nos últimos dias com as novas medidas anunciadas pelo novo Ministro da Fazenda Joaquim Levy.

“Apesar da condução da política econômica estar sendo mais clara e transparente, não deixam de ser medidas que inibem investimentos e o crescimento econômico de curto prazo. Ao mesmo tempo tendem a controlar a inflação e trazem credibilidade sobre as contas públicas, essas tão criticadas no último governo”, explica o presidente da entidade, Ernesto Reck. Outro ponto destacado pelo empresário é que essas medidas podem levar a uma certa instabilidade política. “Já se nota o quão criticado tem sido o início desse governo e que não vai ser fácil para a presidente Dilma. Muito provável que ocorra novas manifestações e grandes críticas da sociedade, e que complicarão qualquer medida que venha a ser tomada pelo governo tanto na esfera econômica como na esfera política”, alerta.

Entre essas medidas estão os cortes de despesas com as mudanças de benefícios previdenciários como do seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte, bem como da redução do subsídio à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) que o mercado tem estimado uma economia de aproximadamente de R$27 bilhões para o Tesouro Nacional se somados os dois cortes.

Outras medidas que vão contra o corte de despesas são os aumentos de tributos. O IPI sobre cosméticos não teve aumento da alíquota, somente será equiparado a tributação do setor entre o atacado e a indústria. O aumento da alíquota de 9,25 % para 11,75 % do PIS/Cofins sobre Importações. Aumento IOF sobre crédito para pessoa física de 1,5% para 3% ao ano. A junção de alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) incidirão efeitos de R$ 0,22 sobre a gasolina e R$ 0,15 para o diesel.

Juntando tais medidas de aumento de tributos para esse ano são estimados uma arrecadação de R$20 bilhões por parte do Governo. Ao todo são estimados R$47 bilhões de economia para o Tesouro Nacional com essas medidas que incidirão para conversão de equilíbrio fiscal. Tudo prometido por Levy que quer chegar ao fim do ano com 1,2 % de Superávit Primário.

Além disso, a política monetária que também esperava-se ser restritiva em 2015, pós reunião do COPOM de 20 de janeiro, a taxa de juros Selic ficou no patamar de 12,25% a.a., confirmando o que o mercado já vinha cogitando, mas ao mesmo tempo deixando o Brasil com uma das taxas de juros mais altas do mundo.

Fonte: ASCOM FACISC

0 Comentários

Fique bem informado

Assine nossa newsletter