Em reunião com a nova secretária-executiva de Assuntos Internacionais, Daniella Abreu, o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) reforçou a importância de investimentos em infraestrutura. Ela apresentou seu plano de trabalho e um dos pilares é a atração de investimentos na área. “Tem muito recurso para infraestrutura no mundo. O desafio é como trazer para Santa Catarina”, disse, referindo-se à necessidade de avaliar questões regulatórias e ter bons projetos. A secretária é engenheira civil e até 2016 morou na Europa onde atuou em projetos com entidades públicas. “Precisamos definir prioridades e projetos. Investidores querem bons projetos”, resumiu.
No encontro, os presidentes das entidades que integram o COFEM se colocaram à disposição para aprofundar as discussões sobre o tema. “Hoje se inicia uma nova era no relacionamento com a secretaria. É extremamente importante essa união entre governo e iniciativa privada e, certamente, o COFEM é a entidade que pode manter esse contato muito próximo. Santa Catarina é atrativa para os investimentos internacionais, mas temos demandas e ameaças também. Estamos carentes de projetos e isso é uma ameaça para o estado porque sem bons projetos não conseguimos receber novos investimentos e ainda corremos o risco de perder aqueles já instalados aqui”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
O presidente da FACISC, Jonny Zulauf, destacou o documento Voz Única que mostra a infraestrutura como uma prioridade dos empreendedores. “A infraestrutura é um assunto de alta relevância para o Sistema Facisc, prova disso é o nosso documento Voz Única que apontou o tema como prioridade máxima para mais de 70% das Associações. É por aí que vamos mobilizar e apoiar propostas da secretaria e do governo”, disse.
“Ninguém vem para o estado sem bons projetos. É a base para atrair investimentos. Também é preciso definir setores estratégicos, baseados nas vocações de Santa Catarina”, propôs o diretor-superintendente do Sebrae-SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
O presidente da FAESC, José Zeferino Pedroso, destacou que a falta de infraestrutura é um dos desafios para o suprimento do milho que abastece a agroindústria no oeste. “Precisamos de um caminho para viabilizar esse insumo. O COFEM é um grupo coeso e unido e tem um objetivo único que é colaborar e ser parceiro do governo naquilo que é viável”, afirmou.
“Temos cinco portos no estado, mas não estamos nos preocupando com a infraestrutura de acesso a eles. Sabemos quanto o agronegócio, por exemplo, representa na exportação catarinense e por onde está sendo escoada essa produção”, disse o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, referindos-e à falta de recursos e projetos para as rodovias.
Ivan Tauffer, presidente da FCDL-SC, também chamou a atenção para a questão do milho. “É preciso achar um caminho para o agronegócio do oeste”, declarou, lembrando que uma alternativa é o “corredor do milho”, com passagem pela ponte Peperi-Guaçu, que liga o extremo-oeste à Argentina.
O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, sugeriu fazer reuniões individuais para que cada federação mostre como pode colaborar com a Secretaria. “O êxito da Secretaria é o êxito dos empresários também”, salientou.
A presidente da Fampesc, Rosi Dedekind, disse que investimentos internacionais fomentam os pequenos negócios e os microempreendedores individuais.
O COFEM é integrado pelas federações das Associações Empresariais (FACISC), da Indústria (FIESC), Agricultura (FAESC), do Comércio (Fecomércio), dos Transportes (Fetrancesc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.
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