Nesta sexta-feira (21.02) os representantes da Facisc receberam o diretor presidente da Celesc, Cleverson Siewert, e o presidente da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), Fabricio de Oliveira, na reunião de diretoria da entidade, para apresentar ações que atendem às demandas da Federação e das associações empresariais afiliadas.

No encontro o gestor da Celesc apresentou os números, investimentos e principais obras nas regiões já realizadas ou ainda previstas pela gestão da Central Elétrica no Estado. “O interior de Santa Catarina é muito produtivo e precisamos evoluir para acompanhar o crescimento. Por isso já acionamos um radar voltado para o Oeste, por exemplo, pois há 20 anos o agricultor tinha uma necessidade, hoje são outras. Precisamos pensar em conjunto soluções para problemas, como a mudança das redes monofásicas para trifásicas”, declarou Siewert.

O diretor citou o exemplo da obra da subestação de Presidente Getúlio no Alto Vale que tem previsão para ficar pronta em meados de 2015, o que irá permitir um sistema mais adequado para a região.

Na ocasião, o presidente da Facisc, Ernesto João Reck, entregou ao diretor um documento da entidade contendo as demandas energéticas de todo Estado. Os dirigentes do Sistema Facisc também questionaram o gestor da Central e manifestaram as insatisfações sobre os prejuízos decorrentes das oscilações de energia e a escassez na distribuição elétrica no Estado, dificultando o crescimento econômico e a instalação de novas empresas nas regiões. O vice-presidente para o Agronegócio, Vincenzo Mastrogiacomo, falou dos problemas que o setor sofre em todo o Estado, especialmente no Oeste. “Perdemos várias aves com as quedas de energia, e isso impacta na economia local, mas também na economia catarinense”.

Cleverson justificou a causa dos problemas, acolheu as reivindicações e se colocou a disposição para unir esforços e agilizar os processos de licenças reduzindo prejuízos e a burocracia. Segundo Cleverson, há falta de energia para comprar em todo o Brasil, este é um problema sistêmico. “A administração do setor elétrico é um aprendizado inclusive para o governo federal. Os problemas existem e estamos aqui para contribuir para resolvê-los, mas precisamos nos unir para buscar soluções conjuntas para as limitações”, assumiu o diretor presidente.JucescOutra presença importante na reunião de diretoria foi o presidente da Junta Comercial do Estada de Santa Catarina (Jucesc), Fabricio de Oliveira. O dirigente prestou contas da autarquia para os diretores da Federação. Oliveira falou sobre o aumento de funcionário efetivos de 34 para 61. “Desta forma conseguimos agilizar o atendimento”, explicou.

O presidente apresentou números da Jucesc como: 71.472 abertas em SC em 2013, e quase 500 mil procedimentos realizados pela Junta no ano passado. Ele também falou das ações para o futuro da autarquia, como o programa Junta Digital que faz a integração dos documentos e cria banco de dados. “Queremos transformar a junta em agência de fomento econômico”. Outros pontos foram esclarecidos pelo presidente como a melhoria do atendimento com a criação da Central de Atendimento, a criação do novo sistema de abertura de empresas que pretende mudar o modelo econômico do Estado e os investimentos em tecnologia.

Oliveira foi cobrado pelos dirigentes principalmente sobre a burocracia e a falta de celeridade nos processos da Jucesc. “Precisamos de mais agilidade da Jucesc para poder contribuir para o desenvolvimento econômico do nosso Estado”, falou o conselheiro fiscal da FACISC e presidente da Aemflo de São José, Marcos Cardoso de Souza. Ao final o presidente da FACISC, Ernesto Reck, entregou um documento com as necessidades das associações empresariais em relação à Junta Comercial para o presidente Fabricio.