A Associação Empresarial de Concórdia (ACIC) enviou uma nota de repúdio ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestando a discordância em relação à recente decisão do Senado de conceder novos benefícios aos servidores deste poder. Conforme a nota da ACIC, a medida, tomada sem qualquer debate público, contraria o cenário econômico atual do país, marcado por aumento de impostos, insegurança jurídica e desafios estruturais que afetam diretamente o setor produtivo. De acordo com a entidade que representa a classe empresarial em Concórdia e no Alto Uruguai Catarinense, a criação do privilégio permite a determinados servidores uma escala de quatro dias de trabalho para três de folga, inclusive com possibilidade de venda desses dias. A Associação Empresarial de Concórdia entende que essa medida ignora completamente a necessidade de eficiência e responsabilidade no uso dos recursos públicos.

Na nota de repúdio, a ACIC lembra que, enquanto o setor produtivo busca incessantemente a eficiência e o crescimento em um ambiente de alta concorrência e complexidade burocrática, o setor público segue acumulando privilégios, sem contrapartidas de produtividade ou meritocracia. Na opinião da entidade, isso apenas amplia o distanciamento entre os que produzem riqueza e os que deveriam zelar pelo bom uso do dinheiro público.

A ACIC defende uma reforma administrativa que promova uma gestão pública mais eficiente e justa. É injustificável que, em um momento de grandes desafios, o Senado conceda benefícios exclusivos a um grupo seleto, desconsiderando as necessidades da sociedade como um todo. A nota de repúdio é assinada pelo presidente da Associação Empresarial de Concórdia, Claudiomiro Vieira, e reforça o compromisso da entidade com a correta gestão dos recursos públicos, reprovando veementemente os privilégios e os gastos desnecessários. A ACIC mantém uma postura austera contra esses abusos, que em nada contribuem para o desenvolvimento do país.