A presidente da Associação Empresarial de Concórdia (ACIC), Maria Luisa Lasarim, o conselheiro, Sérgio Radin, e a gestora executiva, Maria de Lourdes Dal Piaz, participaram na noite de quinta-feira, dia 11, em Chapecó, do 2º Fórum Econômico do Oeste Catarinense. No evento, foram apresentadas as prioridades para o desenvolvimento do Oeste. Para o alto Uruguai Catarinense, as prioridades são: Revitalização da SC-283, Vias paralelas BR-153, Contorno Viário Sul, Parque Tecnológico, Modernização do aeroporto e melhorias na Educação
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As prioridades para o desenvolvimento da região Oeste de Santa Catarina foram apresentadas no 2º Fórum Econômico do Oeste Catarinense, realizado na noite desta quinta-feira (11), em Chapecó. No evento foi lançado documento, com nove desafios que precisam ser enfrentados: educação, rodovias, ferrovias, aeroporto, energia, comunicação, centro de tecnologia e inovação, saúde e agroindústria. Para cada desafio são propostas ações para curto, médio e longo prazos.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou que as lideranças que participaram da elaboração do documento colocaram no topo das prioridades a educação de qualidade, fundamental para criar um abiente para o desenvolvimento e o avanço nas áreas da inovação e da tecnologia. Enquanto países como Alemanha, Estados Unidos e Coreia do Sul, por exemplo, lideram as iniciativas da chamada indústria 4.0, o Oeste de Santa Catarina escoa insumos e produtos através de rodovias precárias e serve a empreendedores e visitantes em aeroporto cujo movimento excede as instalações atuais, situação agravada pela ausência de um sistema ferroviário capaz de melhorar a distribuição de sua riqueza, disse. A melhoria da logística é pré-requisito para redução dos custos logísticos, que retiram a competitividade das empresas da região, acrescentou.
O presidente do Fórum e vice-reitor de campus da UNOESC Chapecó, Ricardo Antônio de Marco, lembrou que 40 instituições trabalharam um ano para preparar o documento. Mas o trabalho mais árduo começa agora, que é buscar o engajamento de toda a sociedade para enfrentar os problemas. Para isso, para sensibilizar os governantes e a sociedade organizada, que foi constituído o documento e este evento, disse.
A solução dos desafios postos depende de visão estratégica e vontate política, resumiu Côrte. Quanto à vontade política, confiamos que o governo de Santa Catarina será sensível às prioridades elencadas pelo Fórum e acate como necessárias e indispensáveis ao progresso da região Oeste, patrimônio de Santa Catarina e do Brasil, afirmou. As famílias que aqui moram, estudam e trabalham merecem essa atenção, completou.
O Oeste de Santa Catarina é composto por 120 municípios e tem uma população de cerca de 1,2 milhão de habitantes. Atualmente, a força produtiva da região é formada por indústria de alimentos, com destaque para a produção de grãos, criação de suínos e aves, que impulsionam a agroindústria e movimenta outras cadeias produtivas, como a metalmecânica. O setor madeireiro e de fabricação de móveis, também, se destaca, agregando valor a seus produtos pelo design e conseguindo alcançar os mercados nacional e internacional.
No campo da educação, entre as propostas estão: universalizar a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade; o atendimento no ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos; universalizar o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos no ensino médio; reduzir as taxas de reprovação e abandono no ensino fundamental e médio; reduzir as taxas de distorção idade-série; criar estratégias de mobilização dos trabalhadores formais dos setores econômicos da agricultura, comércio, indústria e transporte sem escolaridade básica completa para completar os estudos. Além disso, o documento defende a ampliação do atendimento em creches para crianças de até 3 anos; elevação da taxa líquida de matrículas no
ensino médio; ampliação das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional e melhorar o desempenho dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), de modo a atingir meta definida no IDEB até 2021.
Em relação às rodovias, entre as propostas estão: qualificar a malha rodoviária estadual e federal, melhorar infraestutura e mobilidade e solucionar o problema viário da BR-282 (terceiras faixa) e demais rodovias federais da região, principalmente com acesso ao porto. Duplicar trechos urbanos e adequar a BR-282, a partir da construção de terceiras faixas, e duplicar a BR-282 de Dionísio Cerqueira até a BR-470. Revitalizar a SC-283 entre Concórdia e Chapecó e vias paralelas na BR-153 próximo ao Km 100 em Concórdia.
A agroindústria catarinense traz 3,5 milhões de toneladas de milho por ano. O insumo disponível está em média a mais de mil quilômetros da região Oeste e o transporte de caminhão é viável, economicamente, para a distância média de 500 quilômetros. A região está a 1,6 mil quilômetros de distância dos centros fornecedores e dos principais mercados de consumo.
Outra demanda é a implantação da Ferrovia da Integração. Estudo com projeto de construção com conexões multimodais, porto e hidrovia. Operacionalizar a integração das fronteiras entre Santa Catarina e Misiones (Leste do Paraguai) e Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano (Zicosur), integrada por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru.
Fórum - O Fórum de Competitividade e Desenvolvimento Regional para a região Oeste tem o objetivo de propor e avaliar planos, programas, projetos e ações que promovam a integração da comunidade regional, de forma a proporcionar condições à sua competitividade e desenvolvimento.
Cenário melhor O economista do Banco Votorantim, Roberto Padovani, realizou palestra no evento e fez uma avaliação do cenário atual, destacando que a crise política brasileira chega ao fim e que se iniciará um ciclo de recuperação da economia. Avaliou que o cenário internacional favorece o Brasil, considerando questões de destaque na Europa (Brexit) e Estados Unidos (risco Trump), com possibilidades reais de crescimento dos investimentos internacionais do País.
Fonte: ASCOM FIESC
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