O presidente da Associação Empresarial de Concórdia (ACIC), Cláudio Redin, o diretor para assuntos de prestação de serviços, Jean Carlos Benincá e o diretor para projetos especiais e infraestrutura Sérgio Domingos Radin participaram em Pinhalzinho da apresentação do projeto da Ferroeste. A Associação Empresarial de Concórdia (ACIC) comemora o lançamento, pelo Governo do Estado, nesta terça-feira (21), da consulta ao edital de leilão da Nova Ferroeste. A linha férrea ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, com um ramal ao oeste de Santa Catarina, impactando diretamente 67 municípios.
O presidente da ACIC, Cláudio Redin, participou do lançamento do edital e enfatizou a importância dessa ferrovia para escoamento da produção e para o transporte de matérias-primas para garantir o desenvolvimento e a competitividade da região oeste catarinense. "A ACIC está acompanhando passo a passo todas as discussões referentes à Ferroeste. Temos a convicção de que esse modal será muito importante para reduzir custos e agilizar o escoamento da produção. São investimentos significativos, mas que são fundamentais para o futuro da região Oeste", frisou.
O agronegócio em Santa Catarina representa 30% do PIB estadual e contribuiu com 70% das exportações. Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de suínos e detém a vice-liderança na produção de aves. A insuficiente produção catarinense de milho e farelo de soja para alimentar a agroindústria da carne obriga o Estado a importar cerca de 5 milhões de toneladas do centro-oeste brasileiro e, suplementarmente, do Paraguai e da Argentina - com imensas despesas com o transporte rodoviário.
SOBRE O EDITAL
A contraprestação mínima, o chamado lance inicial, é de R$ 110 milhões, valor que será revertido integralmente para a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., administradora do atual trecho em operação. A partir da divulgação do documento há um intervalo para receber contribuições da sociedade, o que vai até 15 de julho. A publicação oficial do projeto só acontecerá com a emissão da Licença Prévia Ambiental, prevista para o segundo semestre. É o que permite o pregão na Bolsa de Valores (B3). A previsão é que a concorrência ocorra ainda no segundo semestre deste ano. O acordo é válido por 99 anos.
O investidor privado que arrematar a ferrovia será responsável pela construção do trecho completo, de 1.567 quilômetros, incluindo os ramais entre Foz do Iguaçu/Cascavel, Chapecó/Cascavel e Dourados/Maracaju. Porém, como forma de atrair mais investidores para o leilão, a cessão onerosa da Nova Ferroeste será subdividida em cinco contratos, sendo quatro de autorização e um de adesão. Os primeiros estudos do ramal com Chapecó já estão no projeto, restando ao investidor que arrematará o projeto a confecção dos trabalhos ambientais.
O documento prevê um investimento total de R$ 35,8 bilhões, incluindo o trecho Cascavel/Chapecó, com obrigação de começar as obras pela ligação entre Cascavel e Paranaguá (contrato de adesão). O investidor tem até 2029 para concluir a construção desta parte da ferrovia, a um custo estimado de R$ 14,5 bilhões - o valor inclui o material rodante.
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